A pesquisa-ação tem sido utilizada, nas últimas décadas, de diferentes
maneiras, a partir de diversas intencionalidades, passando a
compor um vasto mosaico de abordagens teórico-metodológicas,
instigando-nos a refletir sobre sua essencialidade epistemológica,
bem como sobre suas possibilidades como práxis investigativa. Aprofunda reflexões sobre a pertinência e as
possibilidades da pesquisa-ação como instrumento pedagógico e
científico, buscando indicativos de respostas às questões: a pesquisa-
ação deve ser essencialmente uma pesquisa intencionada à
transformação participativa, em que sujeitos e pesquisadores
interagem na produção de novos conhecimentos? Deve assumir o
caráter formativo-emancipatório? Para tanto, é
necessário estabelecer referências às questões: de que pesquisa
falamos quando nos referimos à pesquisa-ação? Ou mesmo, de
que ação falamos quando nos referimos à pesquisa-ação? E ainda,
como pesquisa e ação se integram na prática pedagógica da
pesquisa-ação?
Deve-se realçar que a pesquisa-ação, estruturada dentro de
seus princípios geradores, é uma pesquisa eminentemente pedagógica,
dentro da perspectiva de ser o exercício pedagógico, configurado
como uma ação que cientificiza a prática educativa, a
partir de princípios éticos que visualizam a contínua formação e
emancipação de todos os sujeitos da prática.
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